sexta-feira, janeiro 15, 2010

Um Paulistão para

Santos ou Palmeiras?


Será o Campeonato Paulista que começa neste sábado uma competição a ser disputada com mais possibilidades de conquista por Palmeiras e Santos? Ou São Paulo e Corinthians, mesmo concentrando forças na Libertadores têm times capazes de ganhar os torneios regional e continental? Alguém acredita numa zebra interiorana, ou mesmo na Portuguesa?

Até a bola rolar tudo é teoria e teorizar é molezinha. Analisar é mais complicado e criar frases de efeito para disfarçar polêmicas é, infelizmente, o que anda fazendo a maioria. Prefiro trilhar o caminho da análise.

Esse caminho aponta, de maneira lógica, para uma condição mais favorável a Palmeiras e Santos no estadual dos bandeirantes. O Palmeiras tem a base de 2009 e poucos reforços - Léo e Edinho muito bons. É o time com satisfação a dar a sua torcida e a si próprio. Terá, também, a Copa do Brasil pela frente.

O Santos está em fase de reformas. Tem um treinador excelente e um grupo renovado. A principal característica de Dorival Jr. é a de montar boas equipes, estruturas de jogo convincentes, mesmo sem ter grandes talentos. Também para o Peixe há o desafio da Copa do Brasil. Mas aí o buraco é bem mais embaixo para todos, porque estão no páreo Galo, Vasco, Flu, Bota, Avaí, Goiás, Coxa, Atlético e muita gente.

Corinthians e São Paulo usarão o Campeonato Paulista como aquecimento, mas se bobearem com eles, chegam para levar. Não se trata de desprezo, mas de adequação ao calendário. O Paulistão tem times e datas demais. Fosse o estadual um torneio mais coerente com sua realidade, com 16 times, e todos o disputariam com a mesma dedicação.

Quanto aos demais participantes, infelizmente, a expectativa não é positiva. Talvez sejam a Lusa e a Ponte Preta candidatas a entrar na disputa pelo título, porque têm bons técnico e elencos de boa qualidade. No interior em geral a situação é mais complicada. A realidade hoje é a seguinte: a grande maioria dos times está nas mãos de empresários, que utilizam camisas tradicionais para "engordar" seu produto, visando o segundo semestre, as Séries A e B do Brasileiro. Colocam um veterano aqui e outro ali para dar um verniz, mas é tudo visando negócio.

O FIM DA NOVELA LOVE

Vágner Love foi para o Flamengo, finalmente. Demorou a sair do Palmeiras. Deveria ter saído quando foi vítima da agressão covarde. Era o momento certo, porque não se pode aceitar algo como aquilo.

Bola jogada, a história é outra. Love é bom jogador. Talvez mais do que bom, muito bom. Mas não é do nível de um Adriano, de um Fred. Ronaldo é de outro planeta. Love está longe disso. Voltou ao Brasil para um projeto pessoal. Não voltou para jogar no Palmeiras. Seu retorno seria para qualquer clube em que pudesse colocar em prática sua idéia fixa: jogar a Copa do Mundo.

Peguemos como exemplo de comparação o caso de Fred, que talvez tenha retornado pelo mesmo motivo. Acontece que Fred demonstrou com o tempo que estava a fim de voltar a jogar bem futebol, tendo consciência de que assim poderia voltar a uma disputa de vaga na Seleção. Love atropelou as coisas, entrou na disputa - ou melhor, colocou em sua cabeça que estava na disputa - antes de jogar bola. O que sabe fazer, mas não fez no Palmeiras.

Se não alterar a ordem das coisas, mesmo estando onde sempre quis estar, dificilmente Vágner Love reencontrará seu futebol e dará certo no Flamengo. Se, primeiro, entender que para ir à Copa é preciso, antes, jogar bom futebol, o Flamengo ganhará um ótimo parceiro para Adriano.

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